A autópsia ao idoso assassinado na Vila da Apúlia, do concelho de Esposende, revelou-se, para já, inconclusiva quanto às causas diretas da morte. Faltam ainda os resultados de exames complementares ao corpo, que tinha sido enterrado num pinhal em Ofir mas foi descoberto pela Polícia Judiciária.
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O funeral de António Amaral Santos, de 85 anos, natural do concelho da Póvoa de Varzim, foi realizado esta terça-feira, na sua terra, tendo depois das cerimónias fúnebres, na Igreja de São José de Ribamar, sido sepultado no Cemitério 2 da Póvoa de Varzim.
A Polícia Judiciária investiga a suspeita de que António Amaral Santos foi assassinado num apartamento, situado na Praceta Manuel Rebelo, da Urbanização dos Moinhos, no centro da Vila da Apúlia.
Um cuidador da vítima mortal tem nacionalidade argelina e foi detido e preso preventivamente, depois de ter feito participação de desaparecimento do idoso no Posto da GNR de Esposende.
O homicida terá posto a scooter elétrica da vítima perto da sua antiga residência, para dar a entender que, sofrendo, embora em baixo grau, de Alzheimer, se tivesse desorientado, na Póvoa de Varzim.
Entretanto, a Brigada de Homicídios da PJ de Braga tenta apurar o paradeiro da companheira do homicida confesso, por suspeita de comparticipação ou cumplicidade, no homicídio ou somente na profanação e ocultação do cadáver.
A essa mulher, nascida no Brasil mas com dupla nacionalidade, brasileira e portuguesa, acolhia idosos há mais de cinco anos num apartamento da Apúlia.
O cadáver de António Amaral Santos foi desenterrado há duas semanas, num canavial do Pinhal de Ofir, na Rua São João de Deus, em Fão, Esposende, com colaboração dos Bombeiros de Fão e de Esposende, decorridos quase dois meses do assassínio.
O cadáver terá sido transportado do apartamento na Apúlia para uma rua sem saída, no Pinhal de Ofir, dentro do automóvel do cuidador da família de acolhimento, que saiu pela garagem para não ser visto.
A partir de 29 de novembro, até 11 de dezembro, foram sendo levantadas quantias em dinheiro e feitos pagamentos com cartões bancários da vítima, num total de cerca de 2.500 euros, o que adensou as suspeitas da PJ relativamente ao imigrante argelino.