O avião Falcon 900, que chegou a ser alugado por uma rede de tráfico de cocaína que operava a partir do Brasil, entrou ao serviço da Força Aérea Portuguesa (FAP) na passada quinta-feira. A aeronave havia sido apreendida, em fevereiro de 2021, com perto de 500 quilos de droga.
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A notícia foi avançada pela FAP, salientando que o avião integrará a Esquadra 504 - "Linces", da Base Aérea N.º 6 e vai reforçar a frota da esquadra, até agora só equipada com os Falcon 50, já com mais de 30 anos de serviço.
O Falcon 900 vai servir para transportar as mais altas individualidades do Estado e, igualmente, irá "aumentar a capacidade de transporte estratégico da Força Aérea nas missões de transporte de doentes a grande distância".
Segundo a FAP, "a aeronave agora rececionada está em fase de aprontamento operacional, prevendo-se que em breve comece a ser operada pelos "Linces" e será "responsável por diversas missões de transporte, das quais se destacam o transporte de doentes e de órgãos para transplante".
A moderna aeronave reverteu para o Estado para abater a uma dívida de 4,8 milhões de euros da OMNI (empresa de aviação com sede em Oeiras) à Parvalorem, empresa que ficou com a massa falida do BPN.
O avião havia sido apreendido, em fevereiro de 2021, no Brasil, quando preparava viagem de regresso a Portugal transportando, entre outros passageiros, João Loureiro, antigo presidente do Boavista, Mansur Heredia, um cidadão espanhol de origem argelina, e ainda, o jogador do Benfica Lucas Veríssimo.