O ex-ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, manifestou ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal "total e completa disponibilidade e interesse" em ser ouvido sobre Tancos.
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"Face às notícias de hoje sobre o chamado 'caso de Tancos', contactei o DCIAP, tendo manifestado, com respeito pleno pela autonomia decisória da PGR [Procuradoria-Geral da República], a minha total e completa disponibilidade e interesse em ser ouvido pela investigação deste caso", disse José Azeredo Lopes, numa declaração enviada à Lusa.
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Na mesma declaração, José Azeredo Lopes acrescentou que reitera tudo o que afirmou "até à data" sobre aquele caso.
O tenente-general Martins Pereira, ex-chefe de gabinete do anterior ministro da Defesa, disse quarta-feira no interrogatório judicial ter informado Azeredo Lopes sobre o memorando da Polícia Judiciária Militar, que descreve uma operação de recuperação do material militar furtado em Tancos.
Na carta que enviada ao primeiro-ministro no dia em que apresentou a demissão, 12 de outubro, Azeredo Lopes voltou a desmentir categoricamente que tenha tido conhecimento "direto ou indireto, sobre uma operação em que o encobrimento se terá destinado a proteger o, ou um dos autores do furto".
Já no passado dia 04, em Bruxelas, Azeredo Lopes afirmou que "é totalmente falso" que tenha tido conhecimento de qualquer encobrimento neste processo. "Não tive conhecimento de qualquer facto que me permitisse acreditar que terá havido um qualquer encobrimento na descoberta do material militar de Tancos", declarou Azeredo Lopes, em Bruxelas.