Nenhum elemento das forças de segurança foi punido por, no início deste ano, ter faltado ao serviço alegando motivo de doença. Polícias continuam exaustos. Atual diretor nacional da PSP tinha prometido mão firme contra 44 agentes do Corpo de Intervenção.
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Em fevereiro deste ano, mais de uma centena de agentes da PSP e militares da GNR apresentaram, quase em simultâneo, baixa médica e faltaram ao serviço. O ato foi visto como um protesto concertado contra a renitência do Governo para aumentar o suplemento de risco e motivou a instauração de inquéritos por parte das chefias. Todos, porém, foram arquivados sem punições. Quase meio ano depois, só três processos a cargo da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI), em articulação com a Inspeção-Geral de Atividades em Saúde (IGAS), continuam em curso, mas sem que tenham resultado em castigos.
Foi a 3 de fevereiro que o país foi surpreendido com o adiamento do jogo de futebol entre o Famalicão e o Sporting, devido à falta de policiamento, causado por uma doença que levou cerca de 90% do efetivo escalado para o evento desportivo a apresentar baixa médica. No mesmo dia, mas no Porto, 40 agentes também adoeceram subitamente, mas o desafio entre os dragões e o Rio Ave realizou-se.