A Caixa de Crédito Agrícola do Guadiana Interior vai ter pagar 44 mil euros a uma cliente enganada, ao telefone, por uma burlona. Esta apresentou-se como funcionária do banco e, mostrando conhecer o saldo e outros dados da cliente, convenceu-a a passar-lhe códigos pessoais, a pretexto de a salvar de um... crime.
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O Tribunal da Relação de Évora (TRE) conta que, em 22 de fevereiro de 2022, a cliente da CAGI recebeu um telefonema em que lhe disseram que estava na iminência de perder os 38.954,64 euros que tinha na sua conta. A interlocutora estava a ligar, alegou, para “impedir a execução de uma transferência em curso”. A cliente da CAGI, acreditando que aquela pertencia de facto ao Departamento de Risco e Segurança do banco, acedeu ao pedido de envio, por SMS, dos seus códigos bancários.
O saldo da conta ficou então a zero e a cliente queixou-se à Justiça. Numa primeira decisão, o Tribunal de Competência Genérica de Serpa condenou a CAGI a devolver o montante de 38 954 euros à cliente e a pagar-lhe ainda uma indemnização de 5000 euros, por danos não patrimoniais, em ambos os casos acrescidos de juros de mora.