Bares fechados e condutores fiscalizados numa operação policial em Vila do Conde
A Polícia está “em força” nas ruas e a garantir a segurança de todos. Foi com o objetivo de passar esta mensagem que, anteontem à noite, em Vila do Conde, saíram para a estrada PSP, GNR e ASAE para mais uma ação da campanha “Portugal Sempre Seguro”.
O triplo homicídio na Penha de França, a morte de Odair Moniz na Cova da Moura e a onda de violência que se seguiu fizeram de outubro um mês negro para as forças de segurança, que dão agora as mãos para reforçar o policiamento e, acima de tudo, “transmitir segurança”.
Em Vila do Conde, o aparato assustou quem “bebia um copo”, num sábado à noite normal: mais de 40 agentes na rua, “armados até aos dentes”. No final, um estabelecimento encerrado, algumas contraordenações, condutores alcoolizados, sem carta, na posse de arma proibida ou droga. Muita parra e pouca uva? Talvez, mas, como atirava um cliente, “pelo menos, a Polícia anda na rua”.
22 horas. Rotunda da Agros, na Avenida do Atlântico, à entrada da A28, em Argivai, Póvoa de Varzim. Arrancava mais uma ação. Carrinhas, carros-patrulha, viaturas descaracterizadas, agentes de shotgun ao ombro. Uma operação stop.
“O objetivo é tentar percorrer um pouco de todas as áreas que afetam a segurança dos portugueses e tentar transmitir-lhes alguma segurança”, explicou o coronel Pereira Beleza, da GNR, apostado em “aproveitar as sinergias” entre as várias forças de segurança para maximizar os resultados.
“Esta operação começou no dia 28 de outubro e vai prolongar-se até 15 de dezembro com diversas ações a ocorrerem em todo o país”, continuou a explicar o subintendente da PSP Jorge Pimenta.
Duas horas depois, havia já registo da detenção de um carteirista, vários condutores apanhados sem carta e alcoolizados, uma posse de arma proibida.
Mais abaixo, nas Caxinas, houve fiscalização de cafés e bares. Um estabelecimento foi encerrado por falta de condições de segurança. Desde o início da campanha, explicou Gil Couto, diretor da unidade regional norte da ASAE, já foram encerrados por falta de condições seis alojamentos locais. A adulteração de bebidas em bares é o fenómeno mais recente e preocupa. A venda de álcool a menores merece atenção.
O grupo rumou até ao centro da cidade. Na Praça da República, as dezenas de agentes a sair em passo corrido assustaram mais de uma centena que aproveitavam a noite amena numa esplanada. “Se calhar, foi algum homicídio!”, atirou um cliente. Num dos bares, a fiscalização terminou com uma contraordenação por falta de condições higiossanitárias. Sem mortos.

