Enviavam relatórios internos e listas de nomeações de árbitros. Delegado recebeu dezenas de bilhetes e viagem.
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A investigação do Ministério Público (MP) no Caso dos Emails constatou que o Benfica tinha pelo menos três indivíduos que lhe passavam informações da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), da Liga, do Conselho de Arbitragem e de outros órgãos. Mas, apesar dos indícios de troca de favores, apenas um desses “espiões” poderá vir a ser punido criminalmente.
Horácio Piriquito, vogal do Conselho Fiscal da FPF, vai ser alvo de um processo autónomo por passar documentos da instituição a Pedro Guerra, do jornal “O Benfica”. O MP confirmou que, a 30 de novembro de 2016, Piriquito enviou uma auditoria interna. E, dois meses antes, já enviara um documento, a cujo conteúdo o MP não conseguiu aceder, mas que, segundo o próprio Piriquito, seria algo “superconfidencial, nem sequer foi ainda aprovado”.