
Investigação visa verbas destinadas ao combate aos fogos
Foto: Maria João Gala/Arquivo
A Polícia Judiciária de Braga fez buscas nos Bombeiros de Arcos de Valdevez e de Vieira do Minho, por suspeitas sobre a contabilização dos custos e das escalas no combate aos incêndios florestais. Ambas as instituições afirmam que tudo decorreu dentro da legalidade.
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Depois de na terça-feira ter ido aos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez, esta quinta-feira a PJ foi a Vieira do Minho, para apreender documentos da contabilidade e analisar as contas.
Os Bombeiros de Vieira do Minho afirmaram-se "tranquilos". Nos Bombeiros de Arcos de Valdevez, o seu presidente, Germano Amorim, referiu que "tudo aqui é transparente".
Segundo o líder da instituição arcoense, "em causa está só a forma como se fizeram as nomeações e escalas para os Dispositivos Especiais de Combate aos Incêndios Rurais, entre 2022 e 2025, o que decorreu sempre com total transparência".
"Os senhores inspetores também quiseram saber como se organizaram as Equipas de Intervenção Permanente", salientou Germano Amorim, sobre as EIP, custeadas a meias pelo Estado e pela Câmara Municipal.
"Trata-se de assuntos do comando, que não da direção, mas que dizem respeito a toda a associação, por isso estamos a colaborar com as autoridades para esclarecer tudo", acrescentou.
No caso dos Bombeiros de Vieira do Minho, o processo judicial, igualmente iniciado com denúncias anónimas, levou os inspetores da PJ de Braga a analisar ainda o pagamento de todas as horas extraordinárias e o custo dos combustíveis das viaturas.
"Desde a primeira hora a direção e o comando acompanharam as operações no nosso edifício, colaborando integralmente com os inspetores, prestando toda a informação que era da sua responsabilidade", ainda segundo os Bombeiros de Vieira do Minho.
