Desempregada, que conseguiu negociar outra habitação, foi condenada a sete anos de cadeia. Cúmplice que arranjou vários documentos falsos espanhóis levou nove anos.
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Com documentos de identificação espanhóis adquiridos na darknet e falsas declarações de rendimentos, uma desempregada conseguiu vender a casa da própria mãe e também negociou a habitação da sua senhoria, além de obter uma dezena de empréstimos bancários. A mulher e o cúmplice, um homem que publicava anúncios para conceder créditos, acabaram por ser descobertos pela Polícia Judiciária e recentemente foram condenados pelo Tribunal de Lisboa. Ela apanhou sete anos de prisão e ele nove anos e meio. Ao todo, lucraram mais de 350 mil euros, usando sete identidade falsas, compradas na Internet.
Em 2019, Filipa B., 45 anos, estava desempregada a viver em casa da mãe, na zona dos Olivais, em Lisboa. Como estava a precisar de dinheiro, contactou Tomás N., de 47 anos, que publicitava a conceção de empréstimos em anúncios. Sem recibos de vencimentos para apresentar, o homem avisou-a logo que nunca poderia obter um empréstimo. Mas propôs-lhe fabricar documentos que atestassem falsamente que a desempregada tinha uma profissão estável, com vínculo laboral efetivo, e auferia um salário razoável. Tudo para criar uma aparência de solvabilidade e poder obter um crédito pessoal.