Dois homens com 21 e 25 anos foram detidos pela Polícia Judiciária por suspeitas de burla qualificada, acesso ilegítimo e branqueamento. Desde janeiro deste ano terão lucrado cerca de 1,5 milhões de euros com um esquema de "CEO Fraud."
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A investigação iniciou-se após movimentações bancárias suspeitas, originadas em burlas do estilo "CEO Fraud". As diligências realizadas pela Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica da PJ permitiram identificar dois suspeitos, participantes nas ações de burla e também "responsáveis por receber e dissipar fundos, exercendo um papel relevante no grupo tendo em conta os elevadíssimos montantes em causa".
Ontem, quarta-feira, desenvolveu-se a operação "Margem Dupla" que permitiu deter os dois suspeitos e apreender vários equipamentos informáticos em cooperação com o DIAP Regional de Lisboa. Os detidos, de 21 e 25 anos, vão ser apresentados a primeiro interrogatório para aplicação das medidas de coação.
Segundo a PJ, as campanhas de “CEO Fraud” caracterizam-se, essencialmente, "pelo envio de emails ou mensagens de texto (sms ou através de aplicações) em que um agente malicioso, fazendo passar-se por uma entidade relacionada com a organização alvo (por exemplo, o/a Diretor(a) Executivo(a) ou um fornecedor), faz pedidos tipicamente de natureza financeira a colaboradores dessa mesma organização, podendo conduzir estes a realizar transferências bancárias para contas associadas ao atacante".
Ou seja, o burlão finge ser um responsável da firma ou credor e ordena transferências ou solicita alterações das contas bancárias para onde devem ser feitos os pagamentos.