Burlões usam associação de apoio a pessoas com cancro para fazer falsos peditórios
GNR realizou buscas em vários pontos de país. Seis pessoas arguidas por associação criminosa.
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Além da Associação Portuguesa de Veteranos de Guerra, um grupo hierarquizado e estruturado em células valeu-se da Associação de Apoio a Pessoas com Cancro para burlar populações de todo o país, através de falsos peditórios, realizados ao longo dos últimos 20 anos. Ontem, seis elementos da alegada organização criminosa foram constituídos arguidos por burla, branqueamento de capitais, fraude fiscal e associação criminosa, no âmbito de uma operação que levou os militares da GNR a realizar diligências nas residências dos suspeitos, mas também em gabinetes de contabilidade.
A sede da Associação de Apoio a Pessoas com Cancro, na Senhora da Hora, Matosinhos, também foi alvo de buscas e, no final, a instituição foi constituída arguida. Os militares do Núcleo de Investigação Criminal de Viseu da GNR, responsáveis pelo inquérito, ainda não apuraram se os seus dirigentes tinham conhecimento (e eram coniventes) da burla planeada e executada pelo grupo, mas já é uma certeza que celebraram um protocolo com a empresa de Sintra, liderada pelo mentor do esquema.