O Ministério Público e a Polícia Judiciária estão a realizar buscas em instalações da Obra Diocesana de Promoção Social, no Porto.
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Em causa estão crimes de fraude à Segurança Social na obtenção de subsídios, e, eventualmente, fraude fiscal. As autoridades procuram registos e documentação, uma vez que suspeitam da existência de "utentes-fantasma" que estarão a ser financiados pelo Estado.
O processo está a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal do Porto, que pediu colaboração à Polícia Judiciária e à Inspeção da Segurança Social na realização das buscas, que visam instalações da instituição particular de solidariedade e residências de dirigentes.
A Obra Diocesana de Promoção Social, com sede na Rua de D. Manuel II, tem vários equipamentos de apoio a crianças e idosos distribuídos por bairros sociais da cidade. A sua figura mais conhecida é o padre Lino Maia, assistente eclesiástico, que também é presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade.
"Não sei o que está a acontecer. Possivelmente terá a ver com uma denúncia de um utente para a Segurança Social relacionada com a existência de utentes a menos do que os que são reportados", declarou Lino Maia, ao JN.
"Não acredito que isso aconteça, mas penso que deve ser esclarecido pois trata-se de uma instituição meritória que faz um trabalho nobre e importante", sublinhou.
A instituição foi distinguida, ontem, quarta-feira, pelo presidente da República Cavaco Silva com o título de membro honorário da Ordem de Mérito. "Esta condecoração alteia e enaltece ao mais alto nível a essência da Obra Diocesana de Promoção Social e a sua ação de cariz humanitário, de apoio social e ajuda aos mais desfavorecidos", referiu a Obra, no site.