Buscas na cadeia de Vale de Judeus. Polícia pede cooperação internacional para capturar fugitivos

Cinco reclusos saíram da cadeia de alta segurança num carro de alta cilindrada
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A Polícia portuguesa solicitou a cooperação das forças internacionais para capturar os cinco reclusos que fugiram este sábado da cadeia de Vale de Judeus, em Alcoentre. A PJ está a fazer buscas no estabelecimento prisional.
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A informação foi partilhada através do Sistema de Segurança Interna, através de um comunicado, onde se explica que os diferentes organismos das forças de segurança, PSP, GNR e PJ desencadearam "todas as diligências" em "estreita cooperação e coordenação entre as diversas entidades nacionais, tendo ainda sido agilizada a cooperação policial internacional para proceder ativamente à recaptura dos indivíduos".
A GNR montou um dispositivo para realização de controlo aleatório de viaturas na zona fronteiriça entre Portugal e Espanha, mas também as zonas consideradas prioritárias para a captura dos fugitivos e da equipa que os ajudou na evasão. Entretanto, sabe o JN, várias equipas da Polícia Judiciária, a quem foi confiada a investigaçao do caso, também já estão no terreno para localizar e deter os indivíduos considerados perigosos. Segundo a agência Lusa, a PJ, juntamente com guardas prisionais, está a realizar buscas no Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus.
Cinco reclusos fugiram hoje do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre, no distrito de Lisboa, anunciou a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).
Segundo a DGRSP, uma avaliação preliminar, com recurso a imagens de videovigilância, aponta para uma fuga dos cinco homens pelas 10 horas "com ajuda externa através do lançamento de um escada, que permitiu aos reclusos escalarem o muro e acederem ao exterior".
"Conforme o protocolo, foram feitas imediatamente comunicações devidas aos órgãos de política criminal com vista à recaptura dos evadidos", acrescentou a DGRSP, em comunicado.
Reclusos perigosos - veja o perfil
Os evadidos são dois cidadãos portugueses, Fernando Ribeiro Ferreira e Fábio Fernandes Santos Loureiro, um cidadão da Geórgia, Shergili Farjiani, um da Argentina, Rodolf José Lohrmann, e um Reino Unido, Mark Cameron Roscaleer, com idades entre os 33 e 61 anos.
Foram condenados a penas entre os sete e os 25 anos de prisão, por crimes entre os quais tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais.
De acordo com a DGRSP, foi aberto um processo de inquérito interno, a cargo do Serviço de Auditoria e Inspeção, coordenado pelo Ministério Público.

