Antero Henrique, diretor-geral da SAD e vice-presidente do FC Porto, foi alvo de buscas durante a megaoperação realizada esta quinta-feira, pela PSP de Lisboa, num processo que visa uma empresa de segurança e outros individuos suspeitos de crimes na noite.
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O Comando Metropolitano da PSP de Lisboa informou, em comunicado, que no decurso de uma investigação dirigida pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal foram detidos 15 suspeitos da prática de crimes como "associação criminosa, segurança privada ilegal, coação, extorsão e ofensas à integridade física, agravadas pelo resultado".
Dois dos detidos, apurou o JN, são Eduardo Santos Silva ("Edu"), líder da empresa de segurança SPDE, e um antigo agente da PSP do Porto, Alberto Couto, conhecido como "Joca".
Antero Henrique não foi detido, tendo sido apenas sujeito a buscas, ao que tudo indica, na tentativa de recolher documentação que poderá estar relacionada com a SPDE, que presta serviços no Estádio do Dragão, entre outros locais. A sede desta empresa, em Leça da Palmeira, Matosinhos, foi um dos alvos da operação.
A investigação visava "um grupo violento que operava numa considerável faixa do território nacional", acrescentou a PSP.
Entretanto, a Procuradoria Geral da República adiantou que a denominada "Operação Fénix" está relacionada com "atividades ilícitas no âmbito de empresa de segurança privada em estabelecimentos de diversão noturna, suscetíveis de integrar a prática de crimes de associação criminosa, de exercício ilícito da atividade de segurança privada, de detenção de arma proibida, de extorsão agravada, de coação, de ofensas à integridade física qualificada e de favorecimento pessoal".
A operação, que contou com o apoio de vários comandos da PSP e da GNR, envolveu 50 buscas domiciliárias e não domiciliárias, em Lisboa, Porto, Amarante, Lamego, Braga, Vila Real e Lousada. Foram apreendidas 40 armas, cerca de 121 mil euros, 10 viaturas e várias munições de diversos calibres.
Todos os detidos, que foram distribuídos por celas de vários postos policiais, vão ser presentes amanhã, sexta-feira, ao Tribunal Central de Investigação Criminal, em Lisboa, para interrogatório e aplicação de medidas de coação.