A família da grávida desaparecida a 3 de outubro na Murtosa, apesar de nada ter encontrado num pinhal da Torreira, vai continuar os trabalhos de procura pelo cadáver nesta segunda-feira, depois de os ter suspendido ao final de domingo, em buscas organizadas de forma espontânea.
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A família está a fazer buscas em zonas com terra recentemente mexida, entre a Torreira e São Jacinto, com a ajuda de uma retroescavadora cedida e operada por um empresário da Murtosa. Desesperada para conseguir saber do paradeiro de Mónica, a família está a seguir conselhos de populares sobre locais onde procurar o cadáver.
Os familiares de Mónica Silva, alertados por um popular, que dava conta da existência de covas recentemente tapadas, na Torreira, foram domingo para o terreno, mobilizando voluntários da Murtosa e de Estarreja. Apoiados por voluntários, de pás e sacholas, os parentes de Mónica Silva, que a Polícia Judiciária de Aveiro acredita ter sido assassinada, passaram a tarde a escavar, sem sucesso.
O facto de tudo indicar que a grávida de sete meses foi assassinada num apartamento da Torreira, que é pertença do principal suspeito, Fernando Valente, leva a família a incidir as suas buscas no referido pinhal, situado três quilómetros a sul dessa casa.
Família quer fazer o luto
Filomena Silva, tia da vítima e porta-voz da família, triste por continuar a não dar com o corpo de Mónica Silva, explicou aos jornalistas que tendo a PJ encontrado vestígios hemáticos e detido o principal suspeito, “agora a família quer realizar o luto”.
“Mas para isso é necessário encontrarmos o corpo da Mónica, a fim de fazermos o funeral, é por isso que nos mobilizamos já com o apoio de tantos voluntários, a quem agradecemos o empenho que têm demonstrado”.
Nos últimos dias, foi vistoriado um poço, próximo de Ribeira Nova, na Murtosa, primeiro pela GNR, PJ e bombeiros, que não deram com o corpo da vítima, tal como depois a família de Mónica Silva também não deu, em buscas realizadas de forma autónoma.