Bruno Costa, conhecido como o “monstro do Barreiro” por ter perseguido, agredido e importunado sexualmente dezenas de raparigas no Barreiro até 2019, regressou à cidade à beira Tejo, após ter sido proibido de aqui residir, e já foi alvo de queixas de duas raparigas. Na quarta-feira, foi sovado num café.
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As duas novas queixas foram foram apresentadas a 19 e 26 de fevereiro, na PSP do Barreiro, e agressão de Bruno Costa num café ocorreu a 27, quarta-feira. Antes destes episódios, Bruno Costa foi visado, ao longo de anos, por dezenas de queixas de jovens raparigas que afirmaram ter sido perseguidas, agredidas e importunadas sexualmente.
Por tais factos, passou a ser chamado o “monstro do Barreiro” e foi condenado, pelo Tribunal de Almada, no final de 2019, numa pena de prisão de três anos, suspensa na condição de o arguido se afastar dos concelhos do Barreiro e da Moita.
O arguido, então com 33 anos, foi viver com os avós para Fronteira, no distrito de Portalegre, mas também haveria de ser alvo de queixa de violência doméstica, apresentada pelos familiares que o acolheram, mpor ter agredido a avó, já nonagenária. Não foi possível apurar o desenvolvimento deste processo, em que terá sido acusado de crime pelo Ministério Público, mas apenas que, quatro anos volvidos, Bruno Costa voltou ao Barreiro.
A notícia de novos ataques, este mês, não passou despercebida. No dia 27, Bruno Costa estava tomava café num estabelecimento do Barreiro e foi abordado por um homem que o acusou de bater em mulheres, ao mesmo tempo que o filmava. No vídeo, partilhado na Internet, vê-se Bruno Costa a enfrentar o jovem, conhecido pelas alcunhas "Luva di Nike" e "Telmo Loko". Então, o vídeo é cortado, sendo retomado com o autor a gabar-se de ter dado uma sova a Bruno Costa, que, de facto, aparece no vídeo com um golpe no nariz, a sangrar.
Segundo as informações recolhidas pelo JN, Bruno Costa decidiu não apresentar queixa daqueles factos junto da PSP, que, no entanto, registou a ocorrência.
Fonte desta polícia informou que foram formalizadas, sim, duas queixas de jovens do sexo feminino, alegadamente agredidas pelo “Monstro do Barreiro”, em fevereiro. O suspeito ainda não foi constituído arguido, mas a mesma fonte garante que a polícia tenciona agir rapidamente, para impedir que o alarme social se instale novamente nas ruas do Barreiro.
No passado, antes da sua condenação em 2019, Bruno Costa atacou dezenas de vítimas, que se cruzavam com ele na rua, mas também as perseguia através das redes sociais e com telefonemas. Na altura, os ataques alarmaram a cidade do Barreiro a ponto de aqui ter sido realizada uma marcha de protesto, pelo coletivo "Ação contra a Violência de Género - Pela Igualdade", em que se chegou pediu o internamento compulsivo do agressor, perante as dezenas de ataques e peseguições do suspeito.