O Estabelecimento Prisional do Porto não está a conseguir realizar todas as diligências ao exterior agendadas para esta quinta-feira. Pelo menos um julgamento teve de ser adiado e outros só se realizaram com recurso ao sistema de vídeo conferência.
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A Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) confirmou ao JN a existência de dificuldades para cumprir todas as diligências marcadas ao EP do Porto, conhecido como Cadeia de Custóias. Para a manhã de ontem estavam marcadas 23 diligências, entre deslocações a tribunais, hospitais e órgãos de polícia criminal, acrescentou a mesma fonte, sem contudo precisar quantas é que não puderam ser realizadas.
Sem especificar quais as dificuldades em concreto que estão a afetar o EP do Porto, a DGRSP adianta que "para suprir esta dificuldade tem-se recorrido à custódia partilhada entre estabelecimentos prisionais e ao sistema de vídeo conferência com os Tribunais".
Ontem, quarta-feira, apenas uma das 23 diligências ao exterior agendadas ao EP do Porto ficou por cumprir, sendo que três delas se realizaram com recurso a videoconferências.
Esta manhã, o julgamento da Operação Vórtex, que decorre no Tribunal de Espinho, não se pode realizar devido à ausência de um dos arguidos que está preso em Custóias. Paulo Malafaia ainda experimentou assistir à sessão por vídeo conferência, mas queixou-se de que não tinha condições razoáveis para perceber o que se estava a passar na sala de julgamento pelo que a sessão foi adiada.
Em Guimarães, o julgamento de um homem acusado de sete crimes de violação decorreu mas sem a presença do arguido na sala que aceitou ser indentificado por video conferência, remetendo-se de seguida ao silêncio.