O Tribunal do Porto condenou esta quinta-feira um casal em penas de prisão efetiva, por terem recrutado e explorado três mulheres brasileiras que se prostituíram, num apartamento da cidade, entre 2018 e 2022. Pedro P. foi punido com cinco anos e nove meses de prisão, enquanto Tânia C. foi condenada a cinco anos e meio.
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Em causa estão crimes de tráfico de pessoas, auxílio à imigração ilegal e à prostituição, abuso de confiança e falsificação de documentos. Uma cúmplice de Gondomar, também acusada no processo, foi condenada a pena suspensa de um ano e nove meses.
Segundo a acusação, as três vítimas foram alojadas num apartamento no Porto onde permaneceram de 2018 até 2022 e se prostituíram, “sob o controlo dos arguidos”.
Estes trataram de publicar e gerir vários anúncios das vítimas para práticas sexuais bem como forneceram-lhes telemóveis para agendamento das marcações, “os quais eram remotamente controlados pelos arguidos.”
Estes tinham instalado câmaras de vigilância ocultas no interior do apartamento para controlar a afluência de clientes e apropriaram-se dos documentos de identificação das vítimas, “sob a forma de múltiplos pretextos”, como “custear as despesas das viagens, transporte, alojamento, ginásio e processo de legalização”