A Câmara de Vinhais já tem todos os serviços operacionais, depois de terem sido solucionados os problemas causados por um ataque pirata ao sistema informático que encriptou todos os dados deixando o município a meio gás durante uma semana e meia.
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Luís Fernandes, autarca de Vinhais, garantiu ao JN que "o problema está ultrapassado e que o único constrangimento, embora pequeno, é que nem todos os computadores estão a funcionar, pois foi necessário instalar cada aparelho, mas os serviços estão a trabalhar a 100%". O ataque foi detetado na manhã do dia 15.
Ao longo da semana, foram recuperados os ficheiros danificados pelo ataque, através do trabalho desenvolvido por uma empresa do Porto.
Tudo indica que se tratou de um ataque de "ransomware", um software nocivo que encriptou todos os dados informáticos e obrigou a autarquia a gastar cerca de seis mil euros para o solucionar, mas sem pagar o resgate exigido pelos piratas: entre 20 e 30 mil euros.
"A autarquia é um organismo público. Não tem forma de pagar resgates, nem estes faziam sentido", sublinhou o autarca.
Os serviços municipais nunca pararam, apesar de terem sido obrigados a reajustar procedimentos, voltando os funcionários, sempre que possível, a trabalhar manualmente. Foi uma semana difícil ao nível do trabalho interno, por se tratar de uma altura em que era necessário fazer o processamento de salários. Foi tudo feito manualmente.
Pormenores
Pedido de resgate - Os piratas pediam um resgate de valores entre 20 a 30 mil euros para libertar os dados encriptados. O autarca nunca colocou a hipótese de pagar.
Casos sob investigação - O Centro Nacional de Cibersegurança recebeu este ano cerca de 30 queixas de ataques de pirataria, dos quais 21 estão em investigação. Há tempos, as câmaras de Mirandela e Macedo de Cavaleiros também foram atacadas.