A cantora Mónica Sintra foi condenada pelo Tribunal de Loures a seis meses de prisão com pena suspensa durante um ano e ainda ao pagamento de uma indemnização cível de 12.500 euros. Em causa está um crime de difamação cometido contra o juiz Joaquim Manuel Silva. A cantora pode recorrer da decisão.
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O crime foi cometido em 2020, numa altura em que a prostituta e defensora da legalização desta atividade em Portugal, Ana Loureiro, ter afirmado que o magistrado recebia serviços sexuais enquanto ouvia os testemunhos de crianças. Depois da polémica se ter instalado, Mónica Sintra publicou no Facebook não ficar surpreendida com as afirmações de Ana Loureiro. O juiz sempre negou tais acusações.
“Ele é bem conhecido pela porcaria que fez no tribunal de Sintra, obrigou-me a trocar de advogado no meu processo de custódia do Duarte. Enviou uma acta que não correspondia ao que tinha sido dito na audiência, manifestou desagrado e preconceito pela profissão que eu tenho, disse barbaridades as quais ouvi e calei, e da única vez que não me calei abriu um processo contra mim”, escreveu a cantora que tinha lidado com o magistrado num processo de regulação de poder paternal para obter a guarda do seu filho menor.
“Incrível as voltas que a vida dá! Alegadamente… convém, senão ainda tenho um novo processo. Este senhor (envolvido no escândalo) está a ser acusado de ter sexo oral enquanto ouvia depoimentos de crianças. Se a mim me espanta? Claro que não”, escreveu ainda a cantora, contra quem o juiz Joaquim Manuel Silva apresentou queixa após ter sido qualificado como um ser “humano desprezível”.
O Tribunal de Loures entendeu dar como provado o crime de difamação agravado, tendo condenado a cantora a uma pena suspensa e ao pagamento de uma indemnização. Além disso, Mónica Sintra também foi condenada a publicar a decisão do tribunal na sua página de Facebook e em algumas revistas.