Os 160 inspetores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) envolvidos na operação de fiscalização de transporte de alimentos, a nível nacional, apreenderam carne, pão e máquinas de jogo ilícito, durante as ações inspetivas, que tiveram início na quarta e se prolongam durante esta quinta-feira.
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O ponto de situação foi feito por Luís Lourenço, inspetor-geral da ASAE, ao início da tarde, em Leiria, após terem sido fiscalizados mais de 1500 operadores económicos. Em relação à carne, revela que foi apreendida na fronteira de Caia, no concelho de Elvas, por existirem suspeitas em relação ao controlo da temperatura, mas constataram que não foi cometida qualquer irregularidade.
“Nestes casos, o médico veterinário analisa o produto e, se não respeitar a temperatura, pode ser destruído ou doado ao jardim zoológico para alimentação animal”, explica Luís Lourenço. No caso do pão, foi apreendido na Ponte 25 de Abril porque não estava a ser transportado nas “condições mais adequadas”, ou seja, estava mal-acondicionado.
O inspetor-geral da ASAE refere que as máquinas de jogo ilícito apreendidas são encontradas com frequência em cafés, apesar de serem ilegais, porque quando o cliente coloca a moeda na máquina não sabe qual é o prémio que lhe vai sair. Neste caso, foram levantadas contraordenações.
Como situação mais grave, Luís Lourenço identificou “quebras” de temperatura no interior das viaturas, que tanto podem ser superiores ou inferiores às indicadas. “Em consequência disso, podem queimar o produto, e este não poder ser comercializado”, esclarece.
A operação da ASAE consiste em verificar a temperatura, as condições de higiene e a qualidade dos produtos. “A área alimentar é a que mais nos preocupa, pelo impacto que tem na comida”, afirma o inspetor-geral. “O objetivo é que o consumidor tenha o melhor produto nos locais de venda a retalho, na restauração e nos supermercados.”
Luís Lourenço adiantou ainda que está previsto realizar este tipo de ações de fiscalização no terreno uma a duas vezes por ano, tendo em conta que têm de se articular com as forças de segurança, que fazem o controlo do tráfego automóvel.