Mesmo absolvido, Pinto da Costa não quis falar à comunicação social. Porém, ao contrário das outras sessões do julgamento - em que entrou e saiu pela porta das traseiras do edifício, mais discreta e reservada a magistrados e arguidos detidos -, o presidente do F. C. Porto saiu do Tribunal de Gaia pela porta da frente.
Corpo do artigo
À sua espera tinha dezenas de adeptos a gritar "vitória", "vitória!", e a insultar o principal rival, Luís Filipe Vieira. A reacção coube ao seu advogado, Gil Moreira dos Santos: "Há muita gente que parte da convicção prévia para a livre convicção, o que é uma coisa diferente", vincou. A ex-namorada de Pinto da Costa e principal testemunha da acusação, também foi visada. "Ela foi essencial para a estratégia montada até agora. Foi usada, desusada, abusada e no final de contas inutilizada", criticou. Marcelino Pires, advogado do árbitro Augusto Duarte, acusou o Ministério Público de ter cometido "terrorismo processual", devido à tentativa de incluir no processo declarações da gémea de Carolina. "Já depois de iniciada a audiência levam a Lisboa para ser ouvida uma testemunha e depois, passados dois dias, ouvem-na em Famalicão na sua residência. Isto revela que algo vai mal", criticou. Quanto ao julgamento, diz que "havia a sensação desde o início de que a acusação era extremamente frágil".