Carro conduzido por mulher de Eduardo Vítor Rodrigues foi cedido à Câmara sem contrato
O presidente da Águas de Gaia, Miguel Lemos Rodrigues, afirmou, esta sexta-feira, em tribunal, que, quando a empresa municipal cedeu um Renault Zoe à presidência da câmara, em 2017, “não se formulou nenhum contrato de comodato”. O presidente da autarquia e a mulher respondem por uso do carro para fins pessoais.
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Na terceira sessão do julgamento em que Eduardo Vítor Rodrigues e a esposa, Elisa Rodrigues, estão acusados da coautoria de um crime de peculato, por terem usado, "como se fosse seu", um veículo elétrico do município, o atual presidente do Conselho de Admnistração da Águas de Gaia admitiu que, algum tempo depois de esta empresa ter cedido o carro à presidência da câmara sem qualquer formalismo, alguém levantou a questão e foi celebrado um "protocolo".
Segundo aquele responsável, “a viatura foi adquirida em regime de renting, numa altura em que começaram a fazer algumas alterações à frota”, e foi entregue à Câmara “passado alguns dias, numa lógica de empréstimo” : “Veio numa lógica interna, mas acabou por colmatar uma necessidade”, explicou, referindo-se ao facto da viatura ter sido usada depois, no verão de 2018, para transportar as populações idosas do centro histórico que, depois das obras na Avenida Diogo Leite, ficaram sem acesso próximo a transportes públicos.