O apartamento onde foi assassinado um idoso, na Apúlia, concelho de Esposende, era afinal uma casa de acolhimento clandestina, que funcionava à margem da Segurança Social há mais de cinco anos.
Corpo do artigo
Ao contrário do que foi reportado por vizinhos, na Urbanização dos Moinhos, na Apúlia, e depois noticiado, o Instituto da Segurança Social nunca colocou nenhum idoso naquele apartamento, nem realojou ninguém, após o homicídio.
"As pessoas em causa que acompanhavam a vítima não eram família de acolhimento referenciada, enquadrada e acompanhada pelo Instituto da Segurança Social", esclareceu fonte oficial, em resposta ao JN, sobre o casal suspeito do homicídio.
A mesma fonte indicou que "os serviços da Segurança Social não têm qualquer registo de queixas ou de participações, anónimas ou identificadas, sobre a situação de maus-tratos referida nas notícias em vários órgãos de comunicação social".
Depois da operação da Polícia Judiciária de Braga em que foi detido um homem suspeito de ter matado e enterrado no Pinhal de Ofir um idoso que residia na referida casa, António Amaral dos Santos, de 85 anos, também houve notícia de que os restantes idosos acolhidos na mesma habitação teriam sido resgatados pela Segurança Social, o que esta também desmente: "A Segurança Social não efetuou nenhum atendimento ou encaminhamento do idoso no âmbito das competências dos seus serviços de ação local", afirmou.
De resto, a Seguranbça Social acrescenta que "não houve qualquer pedido de ajuda ou pedido de apoio à Segurança Social para a retirada ou recolocação daquele, ou de outro qualquer idoso, que se encontrasse na morada em causa".
Um homem foi detido por homicídio e profanação de cadáver do octogenário, enquanto a mulher viajou para o Brasil. Segundo as informações recolhidas pelo JN, a Judiciária suspeita que a mulher é coautora dos crimes.