Um casal de Braga foi acusado pelo Ministério Público de comprar carros com falsas transferências bancárias. Vai responder por dez crimes de burla qualificada, sendo ainda imputado a um dos arguidos crimes de ofensa à integridade física e ameaça agravada, anunciou este domingo a Procuradoria-Geral Regional do Porto.
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O MP acusou os arguidos, a viver em união de facto desde 2019, engendraram um esquema, que puseram em prática entre 2021 e 2022, "para obterem vários bens e valores".
"Apresentavam-se como compradores credíveis e bem-intencionados para adquirirem veículos automóveis e outros produtos, fazendo com que os vendedores, confiando na seriedade do negócio, lhes entregassem esses bens, esperando o pagamento do preço acordado, que os arguidos nunca tiveram intenção de satisfazer", explica a Procuradoria do Porto .
As vítimas, cerca de uma dezena, receberam alegados comprovativos, que não passavam de agendamentos de operações bancárias, e assinaram os documentos necessários para o registo de propriedade dos veículos, figurando como adquirentes os arguidos.
A acusação foi proferida por despacho do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Ministério Público de Braga, na sequência de uma investigação criminal levada a cabo pela Polícia Judiciária de Braga, realizada até há poucos meses atrás.
Durante a investigação da PJ de Braga e do Ministério Público do DIAP de Braga, os automóveis foram recuperados. O Ministério Público requereu a perda, a favor do Estado, de outras vantagens obtidas pelos arguidos, no valor total de 4340 euros.