Um casal de emigrantes em França queixou-se às autoridades de uma advogada de Vila Verde, imputando-lhe alegadas burlas que o terão lesado em cerca de meio milhão de euros, entre dinheiro e peças de ouro.
Corpo do artigo
Em processo de divórcio (que não se consumou, porque o casal se reconciliaria), a mulher terá contratado a referida advogada e procurou precaver-se de uma futura partilha de bens. Foi nesse contexto que, segundo a queixa apresentada às autoridades, a advogada terá convencido aquela mulher a entregar-lhe dezenas de milhares de euros, “para dar ao juiz de Vila Verde” (onde só havia duas juízas e nenhum juiz).
Arménio e Ana Bela, um casal de meia idade, residente em Vila Verde, entregou queixas na GNR, no Ministério Público e na Ordem dos Advogados, cujo Conselho Geral está a analisar o caso, que passou já pelo Conselho de Deontologia do Norte.
“Como todos os casais, tivemos uma fase menos boa e estivemos separados, mas nunca chegamos sequer a divorciar-nos, aliás, estamos reconciliados, mas nesse período houve quem se aproveitasse dessa situação”, explicou o casal Sequeira explicou ao JN.
A advogada visada nas queixas, que não respondeu às questões colocadas pelo JN, terá vendido todos os veículos da mulher separada de facto, além de ter cobrado “honorários exorbitantes”.
O advogado João Araújo da Silva, que representa o casal, disse ao JN que, “além dos honorários, [a colega] cobrou-se de ações que afinal nunca entraram em tribunal e de custas que não eram devidas”.