Lisa Botelho, madrasta de Margarida, a menina que participou no primeiro programa "SuperNanny", acusou esta sexta-feira, no Tribunal de Oeiras, um operador de câmara de pedir à criança que exagerasse nos seus comportamentos.
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Após o depoimento prestado na terceira sessão do julgamento, o advogado da SIC, Tiago Félix da Costa, entregou requerimentos para que o repórter de imagem fosse identificado e ouvido, mas a juíza indeferiu e só à tarde revelará se aceita a identificação e que o depoimento seja anexo ao processo. A SIC considerou o depoimento de Lisa Botelho "não credível" e com "contradições".
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Luís Botelho, pai da Margarida, revogou a autorização que inicialmente tinha assinado a consentir a participação da filha no programa. Lisa Botelho garantiu em tribunal que o marido não tinha noção do formato ou teor do programa e que terá cedido ao pedido da mãe para assinar a autorização. Após a visualização dos anúncios promocionais do programa, terão ido à SIC pedir para visualizar o episódio, tendo-lhe sido negada essa visualização, denunciando Lisa Botelho que terão sido "ameaçados" com um processo se revogassem a autorização. O casal apresentou queixa junto da comissão de proteção de menores que terá acionado a ação judicial.
O pai não acompanhou as filmagens por não frequentar a casa da mãe e a madrasta garantiu ao tribunal que na sua presença Margarida nunca teve comportamentos agressivos que motivassem a participação no programa.
"Aquela não é a Margarida que conheço", repetiu, alegando que os comportamentos foram "exacerbados" e "simulados" a pedido do operador de câmara, como quando Margarida "cuspiu à mesa", "chamou estúpida à mãe" ou "bateu com força na mesa". Lisa Botelho garantiu que a menina chorou após a visualização do programa e que a sua autoestima diminuiu apesar de agora já estar mais estável. "Na nossa casa a Margarida é uma criança feliz e equilibrada", frisou.