Rosa e Aristides eram fiadores da filha Rute, que foi morta pelo companheiro em Sesimbra. Família angaria fundos para ajudar. Discussão entre José e a enteada Maria por causa de jogo online levou a esfaqueamento.
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Dez dias após os homicídios da filha Rute e da neta Maria, ocorridos a 30 de janeiro em Sesimbra, Rosa e Aristides Santos não imaginavam que o pesadelo estava longe de passar. Rute, de quem eram fiadores, tinha deixado de pagar o empréstimo bancário da casa. Para saldar a dívida, o banco ficou com o imóvel de Rute e foi colocada à venda a habitação do casal, de 71 e 74 anos. Determinado a impedir que os pais fiquem sem teto, Nélson, o filho mais velho, está a fazer uma campanha de recolha de fundos para voltar a comprar a casa dos pais, que já estava paga.
Nélson Santos, de 49 anos, conta que, após separar-se do primeiro companheiro e pai da filha mais velha, a irmã Rute, 45 anos, foi viver com os pais. “Como saíram de casa, sugerimos que a entregasse ao banco ou a pusesse à venda, porque não estava a ser utilizada”, recorda ao JN. “Mas ela dizia sempre que estava a tratar do assunto, até que deixou de falar nisso, o que nos levou a pensar que estava resolvido”.