Um português, de 50 anos, terá pago para registar uma menor no Brasil, com menos de um mês de vida, como sendo sua filha biológica. Transportou-a para Portugal, onde ficou a viver com o seu cônjuge. Foi detido no Brasil quando se preparava para comprar outro bebé. A menina foi entregue a uma casa de acolhimento
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Em final de outubro, o empresário terá pago para conseguir registar uma menina recém-nascida como sendo sua filha biológica. Os documentos falsificados permitiam ao homem a regulação do poder paternal, a guarda da menor e o seu transporte para Portugal.
A menina veio para Portugal a 24 de outubro, tendo ficado a residir com este indivíduo e o seu cônjuge, em Valongo.
Segundo a PJ, em finais de novembro, o mesmo suspeito regressou ao Brasil e preparava-se para fazer o mesmo procedimento com um outro recém-nascido, desta vez do sexo masculino, "o que levou à sua detenção" pela Polícia Federal do Brasil.
No seguimento da operação, a bebé foi, entretanto, localizada pela Polícia Judiciária (PJ) "em boas condições de saúde, na companhia do cônjuge, tendo sido entregue em casa de acolhimento".
O suspeito foi apresentado a primeiro interrogatório judicial e ficou em prisão preventiva no Brasil. O cúmplice, de 44 anos, também empresário, e igualmente sem antecedentes criminais, foi constituído arguido. Estão indiciados dos crimes de tráfico de pessoas e falsificação ou contrafação de documentos. A investigação continua.