Caso Super Dragões: Sentimento de impunidade fez temer mais tumultos até eleições
Elementos dos Super troçaram e vangloriaram-se de agressões na assembleia geral. Ação de claques é nas bancadas, não nas ruas, nem nas bilheteiras, diz juiz, para justificar medidas de prisão.
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Mensagens trocadas entre os arguidos mostram que estes não só troçaram com os tumultos ocorridos na assembleia geral extraordinária (AGE) do F. C. Porto como até se vangloriaram de agressões. Os comportamentos de Fernando Madureira (“Macaco”) e dos restantes arguidos detidos pela PSP a 31 de janeiro demonstram que estes se julgavam imunes à ação da Justiça. Era previsível que continuassem a atividade criminosa e não tivessem problemas em coagir testemunhas a alterar depoimentos, refere o despacho das medidas de coação do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto.
O “manifesto e elevado sentimento de impunidade”, os vários relatos de ações intimidatórias e o comportamento violento assumido pela generalidade dos arguidos foram determinantes para que o juiz Pedro Miguel Vieira não tivesse dúvidas de que se justificavam medidas de coação privativas de liberdade, principalmente para “Macaco”, tido como “o cérebro e mandante”, Hugo “Polaco” Carneiro e Vítor Catão.