O Ministério Público (MP) acusou um catequista de uma paróquia do Minho dos crimes de pornografia de menores e aliciamento de menor para fins sexuais.
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"Em causa, a atuação de um arguido que, no contexto da sua atividade de catequista, numa paróquia do Minho, conheceu um jovem com quem, através das redes sociais, passou a manter conversas de cariz sexualizado, convidando-o ainda para um encontro que o jovem recusou, bloqueando-o na rede social", refere o despacho do MP na Procuradoria da República da Comarca de Viana do Castelo.
Os factos ocorreram em 2022, quando o jovem tinha 14 anos.
O despacho de acusação, a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Viana do Castelo, foi proferido em 22 de dezembro de 2023.
Diocese não recebeu qualquer denúncia
Fonte oficial da Diocese de Viana do Castelo informa que esta “não recebeu qualquer notificação acerca de nenhum caso de abuso, desde o último que foi o do padre André Gonçalves”, o sacerdote que dirigia cinco paróquias de Monçãoe que abdicou do sacerdócio após o seu envolvimento com um jovem de 16 anos, ter sido tornado pública em janeiro de 2023.
“Depois desse caso, mais nada foi notificado, nem à Diocese na pessoa do Bispo, nem à Comissão de Apoio às vítimas de abuso. Nada foi recebido”, declarou a fonte, acrescentando: “Lamentamos que haja uma denúncia ligada a este tipo de casos, mas não sabemos de nada. Se fosse nesta Diocese, acredito que saberíamos já”.
Ao que o JN apurou, pode ter-se dado o caso de a denúncia ter sido feita em Viana do Castelo, por uma questão de reserva do denunciante.