A CEO da Altice Portugal garantiu, esta segunda-feira, que a empresa de telecomunicações é “lesada e não entidade investigada”. A afirmação da líder da multinacional foi feita perante uma reunião com as Estruturas de Representação Coletiva dos Trabalhadores (ERCT) do Sindicato dos Trabalhadores da Altice Portugal.
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De acordo com um comunicado da estrutura sindical, a reunião foi convocada pela Comissão Executiva, liderada por Ana Figueiredo e teve por objetivo dar esclarecimentos sobre a “Operação Picoas”, que levou à detenção do cofundador da Altice, Armando Pereira, o seu homem de confiança, Vaz Antunes, a filha deste e ainda um contabilista. São suspeitos de terem montado um esquema para saquear a empresa de telecomunicações, com a criação de um saco azul alimentado à custa de fornecedores da Altice e da alienação de património imobiliário.
“Ana Figueiredo confirmou tudo aquilo que tem sido objeto de informação da comunicação social, nomeadamente o pedido de suspensão do Eng.º Alexandre Fonseca. Fez questão em afirmar que a Altice Portugal em todo este processo é vítima e não co-autora pelo que a empresa deve prosseguir com os seus objetivos estratégicos focados no Cliente e no desenvolvimento da empresa como líder de mercado”, adianta o comunicado sindical.
Na mesma reunião, a CEO garantiu estar empenhada a colaborar com as autoridades judiciais, bem como no desenvolvimento da investigação interna, que será levada a cabo por uma empresa externa e independente.
Os sindicalistas adiantam que a CEO deu “a garantia de manter a estabilidade socio laboral e do respeito pelos direitos contratuais e legais dos trabalhadores do activo e dos pré-reformados e em suspensão do contrato de trabalho”.
No comunicado, o STPT lamenta a situação e promete agir “de forma responsável, totalmente vigilante ao desenvolvimento do processo, não aproveitando no entanto a situação para “especular” ou tomar decisões precipitadas”.