Um chefe da PSP identificou em diversos vídeos gravados na altura Fernando Madureira, o líder da claque portista Super Dragões, e outros dos seus elementos que liderariam "uma espera" aos rivais, próximo da estação do metro do Dragão, aquando do jogo de hóquei entre F.C. Porto e S.L. Benfica, em abril de 2018.
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Os vídeos foram visionados esta segunda-feira em tribunal, na quinta sessão do julgamento em que nove elementos da claque, entre eles Fernando Madureira, são acusados de agredir à pedrada e com tochas elementos da Polícia que protegiam a chegada de adeptos benfiquistas.
Rostos tapados
O chefe Aníbal Damas, chefe da PSP, que esteve envolvido na operação de segurança do jogo em questão, passou a tarde a identificar pelas imagens as pessoas envolvidas nas agressões com pedras, paus e tochas pirotécnicas a colegas seus.
Os polícias formavam um cordão de segurança para não permitir que os benfiquistas que chegaram no metro ao Dragão se cruzassem com os elementos da claque liderada por "Macaco". Estes seriam mais de 200, entre eles Hugo Carneiro, conhecido como "Polaco".
Segundo a testemunha, Madureira e Hugo Carneiro terão atuado de rosto tapado, mas não teve qualquer dúvida quanto à sua identificação, relembrando, inclusivamente, a indumentária que usavam na altura.
Instado pelos vários advogados de defesa dos nove arguidos, o chefe da PSP manteve sempre a sua "certeza", garantindo que os conhece-os há muito e que, por isso, conseguiu identificá-los logo.
Fernando Madureira e "Polaco", em prisão preventiva no âmbito da recente operação "Pretoriano", assistiram à audiência. O segundo fisicamente, ao contrário do líder dos Super Dragões, que tem vindo a acompanhar o julgamento por videoconferência, desde a cadeia anexa à Polícia Judiciária, onde se encontra.
As alegações finais do processo ficaram marcadas para o dia 29 de abril.