A ministra da Administração Interna decidiu suspender por 60 dias um chefe da PSP que, em julho de 2023, depois de receber um telefonema em que o filho se queixava de ter sido agredido no Fórum Cultural Vallis Longus, em Valongo, se deslocou ao local, vandalizou a respetiva esplanada e agrediu várias pessoas.
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Margarida Blasco, a ministra, acolheu a proposta da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI), que considerou que, com a sua conduta, o arguido violou os deveres de zelo, isenção, correção e de aprumo.
Segundo o relatório final do processo disciplinar, a que o JN teve acesso, o agente procurou "retirar vantagem das funções" de polícia, "fazendo pressão sobre as pessoas que estavam no centro comercial para a identificação dos alegados agressores do filho", e não tratou "com respeito e urbanidade todas as pessoas, abusando dos seus poderes funcionais e exigindo a prática de atos fora de matéria de serviço", tendo praticado "ações que podem constituir ilícito criminal e que não só são contrárias à ética e à deontologia policial como atentam contra a dignidade e prestígio da instituição".