Degradação das instalações da ASAE é denunciada pela Associação Sindical dos Funcionários da autoridade. Somam-se ainda queixas de carência de meios humanos, falta de condições técnicas nos serviços e um parque automóvel obsoleto.
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O presidente da Associação Sindical dos Funcionários (ASF) da ASAE denuncia uma preocupante degradação de várias instalações da autoridade espalhadas pelo país. "Temos situações tão graves como chover no interior de gabinetes de trabalho, nas secretárias, nos computadores, nos processos e tudo o que ali estiver, devido a infiltrações nos edifícios que não têm sido alvo de reparação nem qualquer manutenção, como acontece em Mirandela, Évora, Santarém e Coimbra", revela Cristiano Santos.
O responsável fala também de um parque automóvel envelhecido que causa enormes constrangimentos às ações inspetivas que os operacionais da ASAE estão incumbidos de realizar a cada passo. "Os carros passam mais tempo parados nas oficinas, do que a andar. Podemos garantir que se houver necessidade da ASAE realizar uma operação de grande envergadura em que tenha de por o seu corpo inspetivo todo no terreno, garantidamente não tem viaturas para o fazer", adianta.
O presidente da ASF da ASAE chama ainda a atenção para os meios técnicos e informáticos desadequados ao dispor dos operacionais, que ficaram ainda mais evidentes neste tempo de pandemia em que alguns inspetores tiveram de ficar em teletrabalho. "Em agosto era para ter sido implementado um novo programa de gestão documental, mas os computadores não aguentam esse novo programa e não foi implementado. Curiosamente, a ASAE pertence ao Ministério da Economia e Transição Digital, mas neste campo a ASAE ainda tem um longo percurso a fazer", lembra.
Todas estas situações levam Cristiano Santos a uma conclusão: "Se a ASAE se inspecionasse a si própria, garantidamente tinha de levantar autos".
O dirigente também não tem dúvidas que os 250 inspetores são insuficientes para fazer face às necessidades inspetivas atuais.