Cinco anos de prisão para vendedor que disparou contra dois homens em bar de Paredes
O vendedor ambulante de 20 anos que, em fevereiro do ano passado, disparou contra dois homens num bar em Gandra, no concelho de Paredes, foi esta quinta-feira condenado pelo Tribunal de Penafiel a uma pena de prisão efetiva de cinco anos.
Corpo do artigo
14647829
O crime ocorreu em fevereiro do ano passado, quando Mounir Rosa e o amigo António Silva foram a um bar na Gandra, no qual o primeiro estava proibido de entrar por altercações anteriores. Já no interior do estabelecimento, o vendedor ambulante - o único a ser julgado neste processo já que o paradeiro de António Silva é desconhecido - quis que lhe pagassem uma bebida e, mediante recusa, envolveu-se numa discussão com o dono do bar. Mounir Rosa acabou por sacar de uma pistola, apontou-a ao peito do dono do estabelecimento e premiu o gatilho, não tendo disparado nenhum tiro porque a arma encravou.
Os dois homens foram expulsos do bar e, já no exterior, o vendedor ambulante efetuou novo disparo, atingindo, desta vez, um amigo do proprietário do estabelecimento no pulso e no peito. Depois, fugiram.
No decorrer do julgamento, Mounir Rosa admitiu que tinha uma arma na noite do crime, assegurando, contudo, que lhe foi dada por António Silva e que apenas a usou para assustar o dono do bar. Disse ainda que, fora do estabelecimento, disparou para o ar, por medo.
No entanto, o Tribunal considerou ter ficado provado que o homem - já com antecedentes criminais e preso preventivamente em Leiria à ordem deste processo - disparou com o propósito de matar o empresário, não conseguindo porque a arma encravou. Assim, Mounir Rosa foi condenado a cinco anos de prisão por dois crimes de homicídio simples na forma tentada e por um crime de detenção de arma proibida.
No final da leitura do acórdão, a Juíza Presidente do coletivo disse ao arguido para não encarar a pena como "um castigo puro e duro". "É uma pena justa e adequada e parece-nos o suficiente para o senhor parar e se consciencializar da vida que levou até agora. Neste momento, tem que aproveitar esta oportunidade para mudar a sua rota e o seu destino está nas suas mãos", referiu a magistrada.