O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) rejeitou os pedidos da equipa jurídica do Benfica, que queria levar Rui Pinto a tribunal, e arquivou cinco inquéritos-crime do autor do Football Leaks.
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Segundo avança o jornal "Público", que teve acesso à decisão assinada pelo procurador Carlos Casimiro, o arquivamento dos casos acontece após Rui Pinto ter colaborado com a Polícia Judiciária (PJ), dando às autoridades acesso a milhões de documentos com informações possivelmente comprometedoras.
O "hacker" não comete crimes desde julho de 2020 o que, de acordo com o jornal, foi uma das razões que permitiu este desfecho. O autor do "Football Leaks" garantiu que não voltaria a envolver-se em atividades criminosas e que iria continuar a colaborar com a PJ. Carlos Casimiro considera mesmo que foi possível “afastar" o arguido da "criminalidade".
Rui Pinto foi condenado a quatro anos de prisão, com pena suspensa, no julgamento do processo Football Leaks, cuja leitura do acórdão foi realizada a 11 de setembro, no Juízo Central Criminal de Lisboa. Já apresentou, no entanto, recurso desta decisão.
Entre os 377 crimes informáticos de que foi acusado, Rui Pinto é suspeito de ter, em 2017, pirateado os e-mails do Benfica posteriormente partilhados, através de um email anónimo, com o diretor de comunicação do F. C. Porto, Francisco J. Marques. Os mesmos conteúdos também acabariam por ser despejados na Internet, através do blogue “Mercado do Benfica”.
Rui Pinto foi ainda condenado, em novembro, a seis meses de prisão, com pena suspensa, pelo Tribunal Judiciário de Paris, por aceder ilegalmente a emails do Paris Saint-Germain.