Cinco miltares da GNR de Odemira foram, esta sexta-feira, condenados a penas de prisão entre três anos e meio de prisão e seis anos de prisão, por agressão a imigrantes indianos. Foram ainda cumulativamente suspensos de funções da GNR.
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Quatro dos homens ficaram com penas suspensas e um deles foi condenado a pena efetiva, aguardando em prisão domiciliária o trânsito em julgado da sentença. Têm de pagar de forma solidária indemnizações a duas das vítimas.
Os arguidos foram condenados por um crime de violação de domicílio, dois de ofensa à integridade física qualificada, e dois crimes de sequestro agravado em coautoria. Um deles foi condenado por falsificação de documentos.
Na leitura da sentença, o juiz sublinhou que a postura dos militares da GNR não se coaduna com os valores da instituição.
O caso terá tido origem numa desavença num restaurante em Almograve, em que um dos arguidos se envolveu num discussão, que culminou com uma vítima a ter de ser assistida no hospital.
De acordo com a acusação, André R., 36 anos, militar no posto de Odemira, João L., 28 anos, Ruben C., 24 anos, Luís D., 30 anos e Nelson L., 27 anos (os quatro do posto de Vila Nova de Milfontes) seguiram depois para Longueira, Almograve, onde, sem mandados judiciais, "forçaram um portão e depois a porta de uma habitação", a fim de "baterem gratuitamente em indivíduos indianos".
Em 8 de maio de 2019, os militares foram detidos pela PJ de Setúbal. Um deles ficou em prisão domiciliária. Os demais ficaram suspensos de funções e proibidos de contactarem com outros militares.