
O empresário Armando Pereira, cofundador da Altice e arguido do processo conhecido por “Operação Picoas”, está em liberdade desde o fim da tarde desta quinta-feira, por despacho do novo juiz de instrução criminal do caso, Jorge Bernardes de Melo, e depois de ter prestado uma caução recorde de 10 milhões de euros.
Corpo do artigo
A notícia foi confirmada ao JN pelo advogado Pedro Marinho Falcão, um dos defensores de Armando Pereira, que não se quis alongar em pormenores, apenas referindo que “o senhor Armando Pereira já é novamente um homem livre desde esta tarde”.
Ainda assim, Armando Pereira, de 71 anos, não se poderá ausentar de Portugal sem autorização do Tribunal Central de Instrução Criminal.
O empresário Armando Pereira estava, desde 24 de julho de 2023, confinado à sua residência na Quinta das Casas Novas, freguesia de Guilhofrei, concelho de Vieira do Minho, distrito de Braga, por decisão do anterior juiz de instrução criminal, Carlos Alexandre, que entretanto foi colocado no Tribunal da Relação de Lisboa.
Vaz Antunes recorreu de prisão domiciliária
Já o também arguido Hernâni Vaz Antunes continua em prisão domiciliária, sem pulseira eletrónica, mas com vigilância por parte dos militares do Posto da GNR do Sameiro, na Quinta da Eira, da freguesia de Pedralva, em Braga. Vaz Antunes interpôs recurso da medida de coação e aguarda decisão judicial sobre o mesmo.
Na Operação Picoas são investigados eventuais crimes de corrupção no setor privado, fraude fiscal agravada, falsificação de documentos e branqueamento de capitais. Estão em causa, segundo o Ministério Público e a Autoridade Tributária, suspeitas de esquemas fraudulentos que terão lesado a Altice e dado a ganhar aos suspeitos milhões de euros, designadamente, em negócios imobiliários e na ocultação de proveitos na alienação de património.
