Colombianos absolvidos de importar droga porque não sabiam que era crime
Irmãos que ficaram 11 meses em prisão preventiva iam receber mil euros para trazer 34 frascos com alucinogénio usado em cultos.
Corpo do artigo
É um produto utilizado em retiros religiosos dos povos indígenas da América do Sul, mas que é proibido na Europa por conter substâncias alucinogénias que alteram a consciência. A ayahuasca era a mercadoria que dois irmãos colombianos importaram, mediante o pagamento de mil euros, no final do ano passado, da América do Sul para a Europa, quando foram apanhados pelas autoridades, no Porto. Estiveram 11 meses em prisão preventiva até o Tribunal de São João Novo, decidir, na semana passada, absolvê-los do crime de tráfico de estupefaciente. Primeiro porque não tinham a consciência que estavam a cometer um crime e também porque não foi determinada qual era a quantia de substância proibida contida na ayahuasca.
Segundo o acórdão, os dois irmãos, residentes em Bogotá, na Colômbia, transportaram 34 embalagens do produto, destinado a uma comunidade sul americana de Múrcia, onde a ayahuasca é usada em cultos e retiros religiosos. Para a viagem, decidiram que depositar o produto em embalagens de plástico, onde colocaram etiquetas a dizer “Divina Selva” na tentativa de fazer passar a mercadoria por um creme esfoliante natural.