Comando dos Bombeiros do Fundão acompanha queixa de violação e já abriu inquérito

Quartel dos Bombeiros do Fundão
Foto: Rádio Cova da Beira
O comandante dos Bombeiros Voluntários do Fundão, José Sousa, explicou ao JN que os 11 detidos pela PJ são todos operacionais, mas ressalva que "nem todos terão tido o mesmo tipo de envolvimento" nas situações que motivaram a queixa do jovem bombeiro.
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"Tratou-se de uma praxe, mas tal como há estudantes do ensino superior que se declaram anti praxe, nos bombeiros nem todos gostam de passar por este procedimento", mas "neste caso em concreto, o bombeiro considerou que foram ultrapassados os limites do razoável, decidindo apresentar queixa. Obviamente que o fez com o apoio do comando, pois se o interesse coletivo é importante, também não podemos descurar o superior interesse de cada um individualmente e do seu bem-estar".
Além do processo judicial seguir agora os seus trâmites normais, internamente, "em articulação com as autoridades competentes, incluindo as judiciais, abrimos inquéritos para apurar o que se passou, como se passou e o nível de culpa, a existir, de cada um dos elementos referenciados, para depois podermos agir em conformidade".
Em termos de sanções, "podem ir desde uma repreensão escrita, a uma suspensão de atividade e de frequentar o quartel por um período entre 10 a 180 dias e, em casos extremos de culpa a decisão pode recair no despedimento, ou expulsão".
Os factos que motivaram este processo terão acontecido em setembro, no interior do quartel do Fundão, com a alegada participação de operacionais da casa e alguns da secção da Soalheira.
Apesar de não ter sido a seu pedido, o comandante decidiu manter sem funções a alegada vítima enquanto decorre o processo, para evitar contacto com os diversos envolvidos.
