Um homem de 22 anos, agora detido pela Polícia Judiciária (PJ), é suspeito de ter integrado um duo e um trio que, no início do ano, ameaçaram com armas de fogo dois comerciantes para conseguirem fugir sem pagar com os talões de apostas de milhares de euros no Placard. O jovem, com antecedentes criminais, está já em prisão preventiva.
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Os roubos aconteceram no concelho de Sintra e, ao que apurou o JN, os suspeitos começaram, em ambas as situações, por registar as suas apostas. De seguida, terão puxado das suas armas para coagir os funcionários das papelarias a entregar-lhe os talões, sem efetuarem qualquer pagamento.
No primeiro caso, o roubo do comprovativo de uma aposta de quatro mil euros acabou por consumar-se. Mas, no segundo, nem sob a ameaça de uma arma de fogo o comerciante entregou o talão, referente a palpites superiores a cinco mil euros. Depois, o grupo ter-se-á assustado com a entrada de um cliente, optando por fugir sem o comprovativo que permite levantar os prémios - se existirem.
Em comunicado, a PJ confirmou ontem a detenção do jovem por roubo qualificado, coação agravada e detenção de arma. A investigação prossegue para descobrir os seus cúmplices.
Burla em Odivelas
Já em Famões, Odivelas, um café que também era mediador de jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa foi usado para provocar um prejuízo, em apenas quatro dias, de dois milhões de euros em apostas do Placard. Terá sido a própria Santa Casa da Misericórdia que denunciou o caso, depois de não ter recebido o dinheiro das apostas dentro dos prazos estipulados. Ao JN, a instituição recusa comentar a situação, alegando que está a ser investigada pelas autoridades.
Segundo o jornal Público, o golpe começou quando dois homens compraram, em 6 deste mês, o Café Casal a dois idosos com a promessa de continuarem o negócio. Porém, o espaço comercial nunca reabriu portas. Entre o dia 9 e 12, o terminal deste café foi usado para efetuar apostas no valor de dois milhões de euros. O dinheiro, contudo, nunca foi entregue à Santa Casa da Misericórdia e os novos donos do café desapareceram.