A megaoperação anti-corrupção da Polícia Judiciária que levou à detenção do presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado, do empresário do Grupo AFA, Avelino Farinha, e de um construtor tem na mira contratos e adjudicações de centenas de milhões de euros, firmados nos últimos anos.
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De acordo com a investigação, terão sido feitos concursos à medida para favorecer determinados empresários, a quem seriam passadas informações privilegiadas que permitiriam às empresas ultrapassar os concorrentes e ganhar os concursos públicos, de centenas de milhões de euros. Os visados também terão procurado condicionar a publicação de notícias na imprensa local.
Em causa estão três investigações distintas que levaram à realização de cerca de 130 buscas tanto na Ilha da Madeira (Funchal, Câmara de Lobos, Machico e Ribeira Brava) como no continente, onde as diligências foram realizadas na Grande Lisboa (Oeiras, Linda-a-Velha, Porto Salvo, Bucelas e Lisboa), mas também em Braga, Porto, Paredes, Aguiar da Beira e Ponta Delgada.