O Tribunal da Relação de Évora condenou uma mulher a pagar cinco mil euros de indemnização ao ex-marido, um camionista de longo curso que se encontrava frequentemente ausente de casa, por ter ocultado deste, durante nove anos, que não era o pai biológico da filha nascida durante o casamento entre ambos.
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O casal contraiu matrimónio em 1996 e durante o casamento nasceu uma filha, em janeiro de 2009. No entanto, em 2013, após 17 anos de relação, decidiram pôr um ponto final no relacionamento e, por mútuo consentimento, assinaram os papéis para o divórcio. Foi quando iam fazer a partilha dos bens comuns, em agosto de 2018, que os dois se desentenderam e a mulher injuriou o ex-companheiro, chamando-lhe “cabrão” e “palhaço”. “As parelhas de cornos que levaste foram poucas, andas a criar as filhas dos outros e não vês nada à frente”, disse-lhe ainda.
Perante o que ouvira da ex-companheira, o homem, que não desconfiara até então de ter sido traído, decidiu fazer um teste de paternidade, que confirmou que a menor não era sua filha.