Condenado a 12 anos e meio de prisão por matar dono de fábrica de bolas de Berlim
Um dos dois homens acusados da morte do proprietário de uma fábrica de bolas de Berlim, em Albufeira, foi condenado a 12 anos e meio prisão. O outro arguido foi absolvido.
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O caso foi julgado por um tribunal de júri, a pedido do Ministério Público (MP), e a decisão foi lida esta quarta-feira.
O Tribunal de Portimão deixou cair o crime de homicídio qualificado e omissão de auxílio, pelos quais respondiam dois arguidos, mas condenou um deles por roubo agravado e pelas agressões, que tiveram como resultado a morte do empresário.
Na decisão foram também tidos em conta os antecedentes criminais de Igor Lopes, de 40 anos, o único que estava em prisão preventiva, por vários crimes, entre os quais, roubo.
Quanto ao outro suspeito, Aldair Silva, de 43 anos, que aguardava a sentença em liberdade, não ficou provado que este ex-funcionário da fábrica tivesse qualquer envolvimento no crime.
O caso remonta a setembro de 2019. José Souza, de 67 anos e nacionalidade brasileira, era dono de uma fábrica de bolas de Berlim, na Patã de Baixo, em Albufeira, e costumava pernoitar nas instalações para tentar evitar assaltos, como os que já tinha sofrido anteriormente. Numa dessas noites, José surpreendeu os ladrões no interior do estabelecimento, após terem arrombado a porta. Resistiu, foi agredido com uma faca elétrica, amarrado nas mãos e nos pés e sufocado. Os criminosos fugiram com cerca de dezasseis mil euros e vários objetos. A vítima ainda foi encontrada com sinais vitais, mas acabou por não resistir aos ferimentos.
O MP tinha pedido uma pena de prisão de 11 anos para Igor (inferior à que foi aplicada pelo tribunal de júri) e a absolvição de Aldair. Os dois estavam acusados de homicídio qualificado e omissão de auxílio.