Condenado a 12 anos e meio de prisão por matar dono de fábrica de bolas de Berlim

Homicídio ocorreu em 2019
Foto: Marisa Rodrigues
Um dos dois homens acusados da morte do proprietário de uma fábrica de bolas de Berlim, em Albufeira, foi condenado a 12 anos e meio prisão. O outro arguido foi absolvido.
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O caso foi julgado por um tribunal de júri, a pedido do Ministério Público (MP), e a decisão foi lida esta quarta-feira.
O Tribunal de Portimão deixou cair o crime de homicídio qualificado e omissão de auxílio, pelos quais respondiam dois arguidos, mas condenou um deles por roubo agravado e pelas agressões, que tiveram como resultado a morte do empresário.
Na decisão foram também tidos em conta os antecedentes criminais de Igor Lopes, de 40 anos, o único que estava em prisão preventiva, por vários crimes, entre os quais, roubo.
Quanto ao outro suspeito, Aldair Silva, de 43 anos, que aguardava a sentença em liberdade, não ficou provado que este ex-funcionário da fábrica tivesse qualquer envolvimento no crime.
O caso remonta a setembro de 2019. José Souza, de 67 anos e nacionalidade brasileira, era dono de uma fábrica de bolas de Berlim, na Patã de Baixo, em Albufeira, e costumava pernoitar nas instalações para tentar evitar assaltos, como os que já tinha sofrido anteriormente. Numa dessas noites, José surpreendeu os ladrões no interior do estabelecimento, após terem arrombado a porta. Resistiu, foi agredido com uma faca elétrica, amarrado nas mãos e nos pés e sufocado. Os criminosos fugiram com cerca de dezasseis mil euros e vários objetos. A vítima ainda foi encontrada com sinais vitais, mas acabou por não resistir aos ferimentos.
O MP tinha pedido uma pena de prisão de 11 anos para Igor (inferior à que foi aplicada pelo tribunal de júri) e a absolvição de Aldair. Os dois estavam acusados de homicídio qualificado e omissão de auxílio.
