Um coletivo de juízes do Tribunal de Beja condenou a nove anos de prisão um homem que, em sede de julgamento, se assumiu como “transportador ocasional” de um carregamento de 1,2 toneladas de canábis, que lhe foi apanhado na A2, na zona de Almodôvar, numa operação do Núcleo de Apoio Operativo da GNR.
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Na tarde de 9 de junho de 2022, na área de serviço de Almodôvar, no sentido sul/norte, Luís Almeida regressava de Olhão. No interior do furgão que conduzia, tinha 36 fardos de canábis que, segundo a investigação, seriam suficientes para cinco milhões de doses individuais.
O homem, de 52 anos, natural de Mortágua mas residente em Lisboa, garantiu ao coletivo de juízes que aquele transporte se tratou de "um ato isolado, resultante de desespero, motivado por uma situação económica complicado”. Porém, a argumentação não convenceu os magistrados.
Ainda assim, na leitura do acórdão, o presidente do coletivo de juízes explicou ter abandonado o agravamento do crime tráfico de estupefacientes, de que vinha acusado o arguido, porque se ter provado “que não era o dono do negócio e não era o arguido quem iria obter os lucros avultados com a venda da tonelada de droga”, justificou o magistrado.
O homem foi condenado pelo crime tráfico de estupefacientes, tendo sido declarado como perdidos 640 euros em numerário que guardava no interior do veículo, mais 1190 que a GNR confiscou no interior de uma carteira que tinha em seu poder.
O arguido vai ficar em liberdade a aguardar o trânsito em julgado do acórdão.