O homem que, em janeiro de 2023, arrancou o nariz de um militar da GNR à dentada foi, esta quinta-feira, condenado a oito anos e meio de prisão, em cúmulo jurídico.
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O arguido foi condenado por vários crimes: quatro meses por condução de veículo em estado de embriaguez; sete anos por ofensa à integridade física agravada; dois anos e meio por ofensas à integridade física qualificada.
O condutor terá ainda de pagar uma indemnização de 70 mil euros à principal vítima, o militar Carlos Dias, e de 1500 euros à mulher deste, também agredida no mesmo dia.
O homem foi ainda condenado à pena acessória de inibição de condução durante um ano.
A agressão ocorreu no posto da GNR de Beja e o agora condenado alegou, durante o julgamento, legítima defesa, tendo afirmado que também fora agredido.
Na altura, o Comando Geral da Guarda revelou que dos distúrbios resultaram “três militares feridos, um deles em estado grave”, além de “danos no interior do posto”.
Depois de cinco meses em prisão preventiva, o arguido recorreu para o Tribunal da Relação e desde 23 de junho de 2023 que está em prisão domiciliária.
Motorista de longo curso há nove anos, o arguido assegurou que nunca teve qualquer problema em nenhuma fronteira ou nos muitos países da Europa que percorreu. Acha, por isso, estranha a forma como foi abordado na estrada pela GNR quando seguia de carro com a mulher e os filhos.
Tudo aconteceu a 13 de janeiro, pelas 3.30 horas, no decorrer de uma ação de patrulhamento, quando dois militares do posto territorial de Beja abordaram um condutor. Este, ao ser fiscalizado, “apresentou, em aparelho qualitativo, uma taxa de álcool no sangue igual ou superior ao legalmente admissível [e] foi encaminhado para o posto, para ser submetido ao teste de alcoolemia em aparelho quantitativo”, esclareceu, na altura, a GNR em comunicado.