Cometeu dois crimes de violação agravada na pessoa da mulher com quem fora casado e com quem tem dois filhos. O Tribunal de Braga condenou-o, agora, a seis anos de prisão efetiva. Além desta pena, foi sentenciado a 130 dias de multa, num total de 845 euros, por dois crimes de ameaça agravada e um de injúria.
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O arguido, de nome Bruno, de 39 anos, natural de Braga, namorou com a vítima a partir de 2005 e casou com ela em 2012. Tiveram dois filhos, um casal.
A partir de 2022, segundo o acórdão judicial, começou a desenvolver ciúmes, nomeadamente de pessoas com quem a mulher convivia no local onde trabalhava, dizendo-lhe que “andava metida com outros homens” e que “mais valia ficar lá a viver”.
Em setembro desse ano, ameaçou-a de morte, no que incluiu os filhos: “pego numa pistola e dou um tiro a cada um”, lê-se da decisão dos juízes de Braga. No dia a dia do casal, as ameaças e os insultos sucediam-se: chamava-lhe vaca e dizia-lhe para “ficar quieta e calada sob pena de haver problemas”.
Em agosto de 2023, a ex-companheira cortou a relação com Bruno, deixando ambos de viver maritalmente, embora habitando a mesma casa. Decisão que ele não respeitou: na noite de 24 para 25 de agosto, estando ela a dormir no quarto dos filhos, o arguido deitou-se na cama, ao lado da vítima, e começou a apalpá-la. Ela rejeitou-o e rogou-lhe que parasse, mas ele insistiu, pedindo-lhe para ir com ele para outro quarto. A seguir, puxou-a por um braço e molestou-a sexualmente. Pouco depois, saiu do quarto, mas voltou minutos mais tarde, para satisfazer instintos sexuais, que a mulher suportou em silêncio.
A 13 de setembro repetiu a dose: pela 1h00 da madrugada, estando a vítima a dormir com a filha, apalpou-a e voltou molestá-la.
A vítima acabou por apresentar queixa junto das autoridades e o caso foi investigado, com o arguido a ser levado a julgamento.