O condutor de 81 anos que atropelou mortalmente um homem que fazia uma corrida matinal, na Estrada Municipal n.º 351, no concelho de Tomar, foi libertado sem qualquer medida de coação que o proíba de conduzir, informou esta quarta-feira à tarde, ao JN, fonte da GNR. O suspeito responde por crimes de homicídio por negligência e omissão de auxílio.
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A vítima foi Carlos Constantino, ex-chefe da Divisão de Recursos Humanos da Câmara de Tomar._Tinha 62 anos e, terça-feira de manhã, foi correr. Pelas 7.11 horas, os Bombeiros do Município de Tomar foram acionados para o atropelamento na localidade de Carril, onde morava Constantino. O_INEM prestou socorro, mas a gravidade das lesões não permitiu salvá-lo.
O condutor que o atropelou fugiu, mas, segundo fonte da GNR, uma testemunha viu uma viatura a circular "de forma estranha" ali perto. Antes da hora de almoço, a Guarda localizou o suspeito, natural da mesma zona, mas residente em Lisboa, e o seu automóvel, numa garagem e com danos compatíveis com o acidente.
O condutor confessou e foi detido pela GNR de Tomar. Mas um magistrado do Ministério Público entendeu que não era caso para o interrogatório do suspeito ser feito por si, muito menos por um juiz, com vista à aplicação de medidas de coação mais gravosas do que o termo de identidade e residência (TIR).
A diligência de constituição de arguido e interrogatório foi delegada na GNR. Durante a mesma, o octogenário remeteu-se então ao silêncio. E foi libertado só com TIR. Como a carta de condução não lhe foi retirada, poderá conduzir quando quiser.
Nos testes a que o condutor foi sujeito, horas depois do acidente, não acusou álcool nem estupefacientes.
Os crimes de homicídio negligente e omissão de auxílio têm penas máximas de três e de dois anos de prisão.
Esta quarta-feira à tarde, o corpo de Carlos Constantino ainda não tinha sido autopsiado, nem havia certeza de que o fosse amanhã, quinta-feira. Por isso, ainda não estava marcado o funeral.