Uma contabilista de 66 anos foi acusada de 19 crimes de auxílio à imigração ilegal e de 56 crimes de falsificação de documentos, pelo Ministério Público junto do Tribunal de Albufeira. Ajudava imigrantes a declararem rendimentos acima dos reais para requererem o direito a reagrupamento familiar junto do SEF.
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Segundo a acusação, entre os anos de 2019 e 2020, a arguida emitiu recibos faturas-recibo falsos com o objetivo de aumentar o valor das declarações de rendimentos auferidos por imigrantes quando estes eram insuficientes para pedir o reagrupamento familiar. Pelo serviço cobrava um valor entre os 100 e os 1300 euros.
Usando os dados de acesso dos imigrantes, entrava no portal eletrónico da Autoridade Tributária e, nas suas contas pessoais junto das Finanças, emitia recibos falsos, dando como adquirente do trabalho um terceiro comerciante e indicava um falor fictício. Depois, a contabilista entregava os recibos aos imigrantes que os juntavam ao seu processo administrativo no SEF.
Assim, criavam a ilusão junto daquele organismo de que os seus rendimentos eram suficientes para que lhes fosse deferido o direito ao reagrupamento familiar, quando na realidade eram bem menores, explica um comunicado publicado pelo Ministério Público da Comarca de Faro.
O esquema foi descoberto pelas autoridades que agora formalizaram uma acusação contra a arguida. O processo será julgado no Tribunal de Albufeira.